A Substância, o Parque dos ratos e as drogas
Elisabeth Sparkle te ajuda a entender sobre dependência química e ratinhos te explicam como não se tornar um dependente
Quando assisti A Substância um detalhe me chamou a atenção. O sucesso desse filme permitiu inúmeras leituras, interpretações e mensagens possíveis, mas eu quero usar uma detalhe específico para exemplificar um tema muito discutido na temática da saúde mental.
No filme A Substância (2024) quando conhecemos a protagonista Elisabeth Sparkle sendo demitida de seu programa, o que a leva a fazer uso dessa droga experimental que a torna mais jovem, a observamos entrar em conflito e declínio de uma maneira muito crua e intensa. O filme mostra que para a personagem todos os impactos, prejuízos e sacrifícios do uso da substância parecem valer a pena, e se pensarmos bem toda trama do filme é entorno da personagem e em como a vida dela foi afetada por causa dessa substância experimental e foi essa detalhe que me chamou a atenção. Elisabeth Sparkle é mostrada sozinha na maioria das vezes, ela não parece ter amigos, ela não parece ter família e a única personagem que faz parte de seu núcleo é uma versão dela mesma. Mas no que isso importa?
Primeiramente vamos as drogas. Quando os processos de criminalização de entorpecentes se consolidaram —o que é um tema interessantíssimo por si só— era necessário validar o discurso proibicionista não apenas do ponto de vista ético e moral, era preciso uma validação cientifica. Ficou ao cargo da medicina explicar porque não deveríamos usar drogas e anos de pesquisa nos trouxeram ao entendimento que temos hoje sobre o impactos dessas substâncias em nossa saúde. O que se esperava é que o discurso médico por si só já bastasse para que a população não fizesse uso de entorpecentes. O ponto é que por muito tempo o foco foi tentar entender os efeitos delas em nosso corpo e mente, divulgar os resultados e esperar que por medo dos malefícios descobertos as pessoas não às consumissem mais. O problema é que tão importante quanto entender os males que as drogas causam em nosso corpo é tentar entender: Por que as pessoas usam drogas? E tentar entender isso já era desafiador o suficiente, veja bem, no passado muitas substâncias que são proibidas hoje eram normalizadas e consumidas, figuras históricas e personalidades proeminentes do século passado possuem registros sobre uso de entorpecentes— sem julgamentos — o LSD foi distribuído e usado por alunos e professores em faculdades de psicologia e psiquiatria no século XX por fins didáticos—e eu quero muito falar sobre isso em breve—. Freud era notavelmente conhecido por seu uso de cocaína. Paolo Mantegazza(1831-1910), neurologista, fisiologista, antropólogo e autor de ficção italiano, supostamente teria escrito
‘‘ [...] zombava dos pobres mortais condenados a viver neste vale de lágrimas enquanto eu, carregado nas asas de duas folhas de coca, voava pelos espaços de 77.438 palavras, cada uma mais esplêndida que a anterior... Uma hora depois, estava suficientemente calmo para escrever estas palavras com firmeza: Deus é injusto porque fez o homem incapaz de suportar o efeito da coca por toda a vida. Preferia ter uma vida de dez anos com coca do que 10.000.000.000.000.000.000.000.000 séculos sem coca.’’
Dentro do discurso contemporâneo, o uso de drogas era, e ainda é, muito moralizante. Defende-se que consumir entorpecentes é antes de tudo uma falha moral, um desajuste de carácter e o sujeito é culpado pois ele quis fazer uso das drogas, ou, foi “fraco mental e moralmente” para se deixar seduzir por essas substâncias, dessa forma, ele é culpado por sua situação e via de regra não quer sair do “buraco” em que se enfiou, ele merece pouca ou nenhuma ajuda, a sociedade está basicamente fazendo um favor a ele se tentar ajudar e reintegra-lo socialmente, aí dele se tiver recaídas, pois a margem de erro que tem é mínima, é bom ele aceitar de bom grado toda a “ajuda” que estiver disponível, pois afinal, a culpa dele estar assim, é só dele, porque ninguém obrigou ele a se tornar um viciado. Essa perspectiva é muito útil se você quer punir que faz uso de drogas, mas não é muito eficaz se queremos ajudar pessoas com dependência química.
A dependência química é multifatorial definida por um padrão mal adaptativo do uso de uma substância, associado, necessariamente, a prejuízos ou sofrimentos clínicos e significativos do ponto de vista social. Apesar da existência de critérios claros para diagnóstico, os mecanismos pelos quais ela ocorre ainda não são totalmente compreendidos. É conceitualizada como um ciclo crescente de desregulação do sistema de recompensa do cérebro que resultaria no uso compulsivo. Uma série de experimentos clássicos foram feitos com ratos para demonstrar o poder viciante dessas substâncias. Nesse estudo os roedores eram colocados em gaiolas onde eles tinham acesso a água comida e uma solução liquefeita de psicoativos, como cocaína e morfina. Com o passar dos dias foi identificado que os ratinhos consumiam cada vez mais as drogas, negligenciando suas necessidades de água e alimentação. Esse é um experimento que se tornou alegórico e popular, pois é bem simplificado e passa a mensagem: drogas matam. Contudo nada é tão simples, especialmente na ciência, por isso, no final dos anos 70, o psicólogo Bruce Alexander decidiu testar uma hipótese. Para ele, o fato dos ratinhos estarem presos em gaiolas pequenas, sozinhos e com nada além de água, alimento e a solução psicoativa, os faziam ficar mais propensos ao vício. Se levarmos em consideração que os ratinhos são utilizados nesses experimentos por causa das suas significativas semelhanças fisiológicas e comportamentais com os humanos, eles possuem uma natureza social, comportamentos e vias neurológicas complexas o que os tornam adequados para uma variedade de experimentos. Alexander e sua equipe criaram um ambiente amplo e confortável para vários ratos. Esse ambiente era espaçoso e enriquecido com brinquedos, túneis e outras formas de estimulação social e física, que eles chamaram de Parque dos Ratos. Os pesquisadores acreditavam que esse ambiente era mais representativo do habitat natural de um rato do que as gaiolas padrão de laboratório.

Dois grupos de ratos foram utilizados no experimento. Um grupo vivia em gaiolas de laboratório padrão, isolado dos outros ratos, enquanto o outro grupo vivia no ambiente enriquecido do Rat Park. Em ambos os grupos, os ratos tiveram acesso a duas garrafas de água, uma contendo uma solução de água pura e a outra contendo uma solução de água misturada com cocaína e opiáceos1. Os ratos podiam escolher qual solução beber por conta própria e os pesquisadores observaram e mediram o consumo de droga pelos ratos ao longo do tempo, monitorando a quantidade de solução de morfina que os ratos de cada grupo consumiram. O resultado? os ratos que viviam no ambiente enriquecido do Rat Park consumiam significativamente menos morfina do que aqueles que viviam nas gaiolas de laboratório padrão.
Parece injusto comparar os dois cenários. Os grupos isolados de ratos tinham gaiolas minúsculas e escuras, sem nada para mantê-los entretidos além de drogas. Já os moradores do Rat Park tinham muito espaço, brinquedos interativos, rodas para girar e amigos para passear e acasalar. Atribuíram esses fatores a menor propensão desses ratos escolherem menos garrafa com drogas, e mesmo aqueles que as usavam, nunca a consumiam em excesso e nem negligenciavam outras atividades ou se isolavam dos outros ratos. Entre todas as conclusões possíveis para esse estudo uma das mais impactantes foi que o ambiente realmente importa quando se trata da probabilidade de vício. Parecia óbvio que no Parque dos Ratos, não seriam tão afetados pelo uso dos psicoativos, mas um fato igualmente importante é que não foi somente o ambiente ser melhor, foi o fato de que os ratos não estavam sozinhos. A presença de outros indivíduos e a construção de relacionamentos foi tão importante quanto o habitat. Talvez você não saiba, mas ratos são bem sociais, eles parecem se engajar em relacionamentos próximos do que chamaríamos de amizade e companheirismo, por essa razão os pesquisadores concluíram que fatores sociais e ambientais no Rat Park, como interação social e estimulação mental, desempenharam um papel crucial na redução da propensão dos ratos a se autoadministrarem a água com a droga. A interação social impediu o vício dos ratinhos, mas já chegamos nisso.
Quero destacar que a dependência química, do ponto de vista exclusivamente biológico não é brincadeira, especialmente nesse experimento em que usaram opioides. Opioides são uma classe de drogas derivadas da papoula, são usados para aliviar a dor, mas também provocam uma sensação exagerada de bem-estar e, se usados em exagero, podem levar à dependência e ao vício. Em exagero, a overdose, pode ser fatal, normalmente levando a uma parada respiratória. O seu poder viciante está no alto pico de dopamina que ele é capaz de gerar. Em termos de média, um orgasmo gera um pico de aproximadamente 100 a 200% acima do basal, ou seja, pode produzir até o dobro de dopamina que o corpo normalmente produz, uma dose de opioide pode chegar a 1500%, ou seja, dependendo do opioide, da via de administração e da tolerância do indivíduo uma dose forte pode provocar uma sensação que é de 5 a 10 vezes mais intensa que a de um orgasmo.2 Isso por si só já demonstraria o poder viciante de uma droga como essa, mas não sendo o bastante, a pessoa pode desenvolver uma tolerância progressiva a substância, onde ela vai precisar cada vez mais de uma droga para sentir os efeitos originalmente produzidos por uma quantidade menor, desregulando completamente seu sistema de recompensa, levando ao vício. Então quando é destacado que a interação e o ambiente entre os ratos foi capaz de driblar esses efeitos, levou os pesquisadores a questionar a visão predominante do vício como uma simples dependência química e enfatizaram a importância dos fatores sociais e ambientais na compreensão e no tratamento do vício.
Então os pontos a destacar são:
Ratos em um ambiente melhor prosperaram quando se tratava de atividades comunitárias e sociais. Ter uma comunidade de apoio entre os ratos pareceu impedi-los de escolher a água com morfina.
O experimento também destacou os efeitos nocivos do isolamento sobre o vício. Aqueles presos em condições solitárias eram mais propensos a consumir mais drogas em comparação com os ratos no Parque dos Ratos, um ambiente socialmente ativo.
Um ambiente pobre em estímulos saudáveis leva os indivíduos a buscarem, se tiverem a chance, estímulos nocivos como uma necessidade de buscar prazer.
Esse é o ponto que muitas vezes passa desapercebido não apenas com as drogas, mas qualquer atividade que podemos categorizar como viciante. Vícios podem nascer por causa de nossas necessidades. Somos seres humanos, em certa medida não queremos apenas sobreviver, buscamos a felicidade e fugir do desprazer e do desconforto. Muitas vezes não conseguimos satisfazer nossas necessidades e desejos e tentamos compensar isso com outras coisas, seja para nos adequar, seja porque é a única opção que temos. Vícios não necessariamente nascem do abuso de algo que gostamos, eles também nascem e sobrevivem de nossas inseguranças e necessidades não correspondidas. Isso vale para qualquer coisa potencialmente viciante na nossa vida, álcool, cigarro, remédios, drogas ilícitas, pornografia, jogos de azar e por ai vai. Por isso em pesquisas pessoas relatam que seu primeiro contato com drogas foi através de família ou amigos, mostrando uma necessidade de aceitação e aprovação social, e às vezes a primeira exposição é suficiente para levar a dependência, mesmo que originalmente a pessoas soubesse dos riscos e/ou não estivesse interessada no uso, a motivação foi puramente por pressão social.
Existem também motivos mais subjetivos é claro, não podemos deixar de levar em consideração a curiosidade humana, alguns indivíduos são mais curiosos do que outros e existem períodos da vida nos quais o indivíduo torna-se mais curioso e mais aberto a novas experiências. Mas quando muitas pessoas estão passando por momentos difíceis encontram em substâncias psicoativas a “fuga” momentânea que almejam, querendo ou não isso também é fator de risco para dependência química. A noção de que vícios podem estar mascarando inseguranças reforça a ideia de que não é necessário apenas “tratar o vício” é necessário desenvolver um cuidado sobre o indivíduo e sua situação de vida.
Uma pessoa é alcoolista, você descobre que ela trabalha numa escala 6x1, recebe pouco mais de 1 salário mínimo e seus único lazer é o barzinho de bairro com seus conhecidos e vizinhos, será que ela bebe simplesmente por uma desregulação dopaminérgica ou porque todos a sua volta também bebem? Se você “curar” o alcoolismo e ela não puder mais beber, existe o risco dela substituir o álcool por outro tipo de substância?
Um paciente(adolescente) LSD por influencia de colegas de escola, mas você também descobre que ela sofre com violências em casa por parte de seus pais, ele lhe conta que muitas vezes usas drogas para fugir dessa realidade e fica nas ruas para não estar em casa.
Se retiramos às drogas da vida dessas pessoas, a vida delas fica objetivamente melhor? Objetivamente podemos pensar que sim, pois sabemos os efeitos adversos dos uso do álcool e do LSD mas não na prática, pois seu contexto não apenas estimula como justifica o vício. Não estou dizendo que elas ajudam, com certeza não, mas na lógica cruel e distorcida desses ambiente e relações disfuncionais, essas drogas aparecem como um paliativo, um paliativo letal e viciante. Por isso mesmo pessoas que não passam por grandes necessidades financeiras e vivem em ambientes muito mais abastados que a maioria das pessoas também sofrem com vícios. As necessidades e interações sociais podem ser disfuncionais, traumas podem ser mal manejados e necessidades emocionais podem ser negligenciadas o que pode levar a vícios. Quantas pessoas famosas, ricas e, supostamente, bem de vida que você conheça ou ouviu falar que “sucumbiram” as drogas e destruíram suas vidas e famílias? Por isso define-se o vício e dependência, seja ela química ou não, como uma condição multifatorial, não sabemos tudo que é negligenciado por trás dos panos e vidas que levam uma pessoa a uma situação como essa. Podemos pensar em por exemplo pessoas que ficaram viciadas nos cassinos online, recentemente isso está sendo muito discutido, será que as pessoas que perderam todo o orçamento familiar, o dinheiro que tinham e não tinham, fizeram isso por “burrice” será que em um país como o nosso, com grande parte da população com dificuldades financeiras e endividadas não havia um certo grau de desespero e esperança nesse jogo recomendado por influencers e construído com precisão para estimular o vício?
Durante a Guerra do Vietnã, 20% dos soldados americanos se viciou em heroína, segundo estudo publicado pela revista Time, mas, contrariando as expectativas, 95% deles abandonaram o vício ao voltar para casa. Outro exemplo que sugere que a dependência não é causada pela química: um paciente internado em um hospital com fortes dores pode ser medicado por longos períodos com diamofina, nome médico para a heroína. Trata-se da mesma substância, muitas vezes com pureza e concentrações mais altas que as vendidas por traficantes, mas, estranhamente, os pacientes que recebem alta e voltam para os cuidados da família não costumam sentir necessidade fisiológica de continuar consumindo a droga. A conclusão é que o soldado do Vietnã e o usuário da rua são os ratos isolados, enquanto o soldado e o paciente que regressam para casa são os ratos do Rat Park.
Por isso, ter uma comunidade de apoio também é muito importante para pessoas, ter laços sociais fortes e sentir-se incluído pode ser fundamental para interromper ou reduzir comportamentos de vício. É um lembrete de como os sistemas de apoio social são vitais quando lidamos com o vício em humanos. Essa prática também evita o isolamento social, pois pessoas que lidam com isolamento e solidão podem recorrer a substâncias viciantes em busca de conforto. Isso também destaca a necessidade de buscar novas atividade recompensatórias. Se as pessoas tiverem outras coisas que as façam felizes e satisfeitas, elas podem não sentir a necessidade de recorrer a substâncias viciantes. Baseando-se que as pessoas têm certas necessidades que precisam ser satisfeitas, se as incentivarmos a se envolver em atividades que tragam alegria, realização e uma sensação de realização, isso pode levar a uma vida mais equilibrada e satisfatória. E entender que não se trata apenas da substância; isso considera todos os aspectos da vida de uma pessoa. Isso significa analisar os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais do vício, uma combinação de uma série de tratamentos e práticas de saúde visando os efeitos de longo prazo.
E aqui volto a personagem Elisabeth Sparkle. Como citei no início, ela parece ser muito solitária, ela não parece ter família ou amigos, dá a entender que ela priorizou sua carreira profissional a vida toda, não tem nada de errado nisso, e ficou sem nada no momento que o declínio chegou. Um momento de total insegurança para ela, e a substância nesse caso, não parecia uma má ideia. Será que se ela tivesse amigas ao seu lado nesse momento difícil ela não teria usado a substância? Será que se ela tivesse conversado com alguém de confiança sobre a substância, essa pessoa teria incentivado ou desmotivado o uso? Será que se ela tivesse outras interações e relacionamentos, ela poderia ter outra perspectiva sobre seu fim de carreira? Quem sabe descobrindo novas formas de se expressar e novos projetos para se engajar? Não dá para saber. Como se tratava do mundo tóxico do entretenimento, talvez fosse até pior. Mas o ponto é que é bom ter alguém no nosso lado nos apoiando em nossos momentos difíceis, principalmente alguém que nos diga que estamos tomando uma decisão idiota. O mais provável é que essa não tenha sido uma das mensagens propositais do longa, queria apenas usar como exemplo e alegoria para esse assunto.
Por fim, todos nós temos o risco de nos “viciarmos”. Pessoas solitárias principalmente, por isso é sempre bom estar cercado de boas influências, seja amigos ou família. E foco novamente em serem boas influencias já que dependendo do caso, tem quem mais atrapalhe do que ajude. Então meu apelo é que você deve ser essa boa influencia, para sua família e amigos. Caso alguém que você se importe esteja sofrendo com alguma dependência, tenha compaixão e empatia, ajude essa pessoa a procurar ajuda profissional, seja o apoio para ela no momento em que ela mais precisa, ter a pessoa certa como companhia pode ser mais forte do que qualquer substância.
Se quiser saber mais sobre a temática de vícios de maneira crítica
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Substâncias derivadas do ópio que atuam nos receptores opioides do corpo. Eles produzem ações de insensibilidade à dor e são usados principalmente na terapia da dor crônica e da dor aguda de alta intensidade.
Esses dados são calculados em estimativas comparativas com base em ressonância magnética funcional e neuroquímica, Já que Não existe uma equivalência direta em "número de orgasmos" para uma dose de opioides, mas ambos ativam circuitos semelhantes de prazer no cérebro, especialmente o sistema dopaminérgico.
a gente acaba tendo pensamento muito superficial sobre as motivações que levam alguém ao uso. Geralmente por escassez de informações, empatia, ou até mesmo pelo efeito da existência tão frequente de casos adversos ao nosso redor. Mas o fato é que há um leque de motivações, e todos nós estamos propícios em qualquer momento da vida.
Que texto excelente! Fiquei pensando como é praticamente impossível resolver esse problema na população de rua. Normalmente foram abandonados ou abandonaram suas famílias, não possuem amigos, não possuem qualquer prestigio social ou incentivo para largar as ruas de fato. São pessoas que, apesar estarem livres por aí, vivem de forma muito semelhante aos ratinhos engaiolados.
“o LSD foi distribuído e usado por alunos e professores em faculdades de psicologia e psiquiatria no século XX por fins didáticos—e eu quero muito falar sobre isso em breve”
Fiquei muito curiosa para ler um texto seu sobre esse tema!